Postagem 23/10/2020
A partir de agora, os profissionais da saúde contam com um aplicativo de orientações sobre transfusão segura. O EducaSangue, idealizado pelas especialistas em Hematologia e Hemoterapia, Dra. Denise Brunetta e Dra. Luciana Carlos, traz dicas e recomendações sobre como e quando realizar ou não realizar a transfusão de sangue.
Segundo dados do Boletim de Produção Hemoterápica (Hemoprod), da Anvisa, foram feitas mais de 1 milhão de transfusões de sangue no Brasil, considerando o ano de 2018. E apesar de um número alto, muitos profissionais ainda têm dúvida sobre transfusão, por isso, o EducaSangue foi criado para auxiliar os profissionais na tomada de decisão, se será necessário transfundir ou não o paciente.
A ferramenta conta com calculadoras para prescrição com o objetivo de reduzir o risco de sobrecarga circulatória associada à transfusão (principal causa de óbito relacionada à transfusão no mundo). É possível também ter acesso a dicas e assuntos relacionados a anemia, além de quiz (teste e joguinhos) para aumentar o conhecimento sobre a medicina transfusional, nos quais o usuário acumula pontos e selos especiais, deixando assim o app ainda mais intuitivo e interessante.
“O aplicativo surgiu a partir de uma ideia de facilitar a vida do médico, permitindo que ele consiga conduzir o paciente do ponto de vista da melhor expectativa transfusional. Com o app é possível avaliar a necessidade de uma dose maior de plasma ou de crioprecipitado, por exemplo. Também é possível calcular a dose de ferro ou transfundir um concentrado de hemácia e plasma pensando em uma das principais reações, que é a sobrecarga circulatória associada à transfusão”, explica Dra. Denise Brunetta.
A ferramenta faz parte do Programa EducaSangue, que surgiu em 2017, com a missão de melhorar o conhecimento dos profissionais de saúde em relação à medicina transfusional, bem como, o atendimento aos pacientes que podem vir a precisar de transfusão ou que realmente forem transfundidos. A partir da criação deste Programa, através de dicas nas redes sociais, vídeos e conteúdos lúdicos, já se notou uma melhor utilização criteriosa do sangue.
“Após a criação do Programa, houve um crescente entendimento da classe médica do Ceará em relação ao uso racional do sangue. Logo que foi implementado percebeu-se uma redução da quantidade de transfusões, principalmente em Fortaleza, e o número ficou estável no ano passado”, comemora Denise.
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na Google Play para sistema operacional Android. A expectativa é que no mês de novembro, a ferramenta também esteja disponível para iPhones. O Programa EducaSangue utiliza ainda critérios e diretrizes do Programa PreservaSangue, voltado para a promoção do Patient Blood Management – PBM.
Assessoria de Comunicação
Instituto Pró-Hemoce - Raíssa Feijó
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